terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Encerramento do ciclo Novos Estudos & Novos Olhares sobre Lisboa (mensagem dos organizadores)

A perspectiva do Ciclo de conferências "Novos Estudos & Novos Olhares sobre a cidade: Lisboa do Terramoto à Revolução de Abril" foi sempre, durante estes últimos 4 anos (2017 a 2020), a de renovar o olhar sobre Lisboa, apresentando e discutindo trabalhos, textos, projectos que tinham a cidade como cenário ou como actriz. Durante esta caminhada, não nos fixamos num período ou tema, antes abarcámos um arco de mais de dois séculos da História, Arte, Arquitectura, Música, Teatro, Literatura de Lisboa. Quisemos que fossem olhares pouco conhecidos sobre Lisboa e os lisboetas, mas também episódios de renovação de outras perspectivas já conhecidas. O caminho que fizemos juntos foi óptimo, foi de descoberta, foi de amizade também! Mas chegou ao fim (por agora!). Este vídeo resume um pouco do que se passou nestas quase 40 conferências...

Até à próxima e muito obrigado por terem caminhado connosco nestes "passeios" por Lisboa.

Daniel Alves
Rosa Fina



8.ª e última conferência | «As práticas teatrais na Lisboa Liberal: os anos 30 e 40 de Oitocentos» | Ana Isabel Vasconcelos (vídeo)

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

7.ª Conferência: Uma leitura urbana do ciclo Revolucionário vintista (1820-1823) | 10 Novembro | Sérgio Monteiro Abrantes


Resumo: Entre 24 de agosto e 15 de setembro de 1820, sucederam em Portugal duas insubordinações militares nos principais núcleos urbanos do país: primeiro no Porto, depois em Lisboa. Embora de teor distinto, aqueles eventos deram origem ao estabelecimento do primeiro sistema político liberal em Portugal. Todo o movimento vintista imaginou-se mais como regeneração do que como revolução, vestígio de uma leitura filtrada da Revolução Francesa, feita pelos primeiros exilados portugueses em Inglaterra, e de que a retórica política era mais a de “remediar tantos males” de uma pátria julgada decadente, do que destruir para criar. Apesar de não ter surgido em Lisboa, foi para ai que toda a atividade revolucionária se dirigiu e, por conseguinte, o objetivo desta comunicação é fazer uma abordagem ao surgimento, pela primeira vez na história contemporânea portuguesa, de uma Lisboa revolucionária, que estabelece geografias bem demarcadas no combate político.


Nota curricular: Sérgio Monteiro Abrantes licenciou-se em História, no ano de 2015, pela FCSH-UNL. A partir de 2016, especializou-se em História Contemporânea (séc. XIX), tendo realizado investigação sobre a construção do liberalismo português na primeira metade do século XIX, âmbito no qual prepara, desde 2017, uma tese de mestrado sobre a Guerra Civil da Patuleia (1846-1847).